Imagine entrar em um espaço onde a arte conta histórias de resiliência, magia e raízes culturais profundas. Na terça-feira, dia 29 de outubro de 2024, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo tornou-se o vibrante palco da exposição “Feminino Africano”, uma iniciativa promovida pelo SOS Racismo.
O destaque foi para o talentoso ceramista Fábio Lopes, fundador do Ateliê Iyamopo. Por duas décadas, ele vem criando peças de cerâmica que homenageiam as tradições religiosas africanas e a essência do feminino. “Essa exposição é uma celebração do poder do feminino africano – o poder da maternidade, da força física e da energia mística das mulheres. É uma homenagem à mulher africana, reconhecida por sua incrível força na sociedade”, compartilhou Fábio, com paixão no olhar.
A curadoria da exposição ficou nas mãos de Adriana Zabayomi, que selecionou cuidadosamente as peças alinhadas ao propósito central: exaltar a força das mulheres africanas. “Trabalhar na curadoria desta exposição foi um exercício profundamente conectado à minha atuação como advogada e idealizadora do escritório Ifatópé. A cultura e a filosofia iorubá, que orientam minha prática jurídica, também enriqueceram essa experiência. A mostra celebra o feminino africano em todas as suas expressões, destacando também os direitos das mulheres à cultura, à identidade e ao autocuidado”, expressou Adriana.
O toque curatorial de Adriana, combinado com as deslumbrantes criações de Fábio, fez da exposição uma vívida exploração de identidade e tradição. Cada peça contava uma história, lembrando os visitantes do poder transformador da arte. “A arte educa e conecta. Trata-se de raízes, diversidade e a beleza do patrimônio cultural”, acrescentou Adriana.
A exposição é um farol que ilumina não apenas as tradições africanas, mas o papel universal das mulheres na construção e transformação das sociedades. Para São Paulo, este evento foi mais do que um acontecimento – foi uma homenagem, uma aula e uma inspiração.
Adriana Zabayomi
